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Ereção sem hora marcada é a nova meta dos fármacos
São José do Rio Preto, 3 de agosto de 2007
Cecília Dionizio
Nova dosagem do medicamento comercializado como Cialis, do laboratório Eli Lilly, chega às farmácias da Europa este semestre, com a proposta de atender a demanda de mais de 50% dos homens, entre 40 e 70 anos, que têm preocupação em manter ou atingir uma ereção. Segundo o urologista Joaquim Francisco de Almeida Claro, da Universidade Federal de São Paulo, no Brasil também há demanda para este novo formato do fármaco. “Muitos homens que não se sentiam à vontade em tomar a medicação no formato convencional, cerca de meia hora antes da relação, por não ter um relacionamento sexual regular, hoje vão se sentir mais estimulados a isto”, diz. De acordo com o médico, as novas dosagens - de 2,5 e 5 miligramas - quando usadas por pacientes cuja dificuldade de ereção é real, terão muito mais facilidade em atender ao seu desejo sexual, a qualquer hora do dia ou noite, já que usadas diariamente, a tendência é que o homem esteja coberto em tempo integral. O médico concorda que atualmente a busca pelo prazer completo no ato sexual deixou de ser tabu para integrar com naturalidade as conversas entre o público com mais de 40 anos, uma vez que são eles que demonstram cada vez mais preocupação com a satisfação sexual e com a garantia da qualidade de vida do casal. Daí a razão para que existam hoje, inúmeros especialistas em áreas distintas envolvidos em encontrar soluções para os mais variados problemas. É fato que a ausência de uma pílula para combater as dificuldades da mulher, no que diz respeito ao desejo sexual, ainda é um sonho. “Existem inúmeros estudos até agora, mas nenhuma perspectiva de solução. Só se por acaso tropeçarem numa novidade”, diz Claro. Contudo, o médico comemora a diminuição do precoceito que cercava o assunto e hoje, tanto o homem quanto a mulher já buscam mais informações e não se recusam a tratar o problema quando são informados de que ele existe. E foi o que fez o advogado M.C, 48 anos, que passou por uma fase de depressão em que não conseguia manter relações sexuais com sua esposa e para tanto contou com seu apoio na hora de buscar ajuda especializada. “Ela foi muito compreensiva, mas firme. Disse que entendia eu estar meio desanimado, porque adoeci em função de diabetes e outros problemas familiares, mas ao me acompanhar no médico e na terapia ela me fez ver que nós dois íamos sair perdendo, se não fosse tratar”, diz. Na prática, ainda não existe um método que se aplique às mulheres que sofrem de falta de desejo sexual, ou alguma outra disfunção orgânica que leve a alterações na relação sexual. Por isso, muitas áreas estão se especializando em desenvolver produtos que ajudem essa fatia do mercado a se sentir à vontade com a pele, o corpo, vestuário, alimentação, entre outras formas de cuidados e bem-estar. Na área da saúde, por exemplo, existem medicamentos que ajudam a tratar disfunções que impactam diretamente na vida sexual do casal, como a diminuição de hormônios femininos (menopausa), queda de testosterona nos homens (DAEM – distúrbio androgênico do envelhecimento masculino – ou hipogonadismo) e principalmente as doenças relativas à dificuldade de ereção. O urologista Charles Rosenblatt, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que tratar dessas disfunções, atualmente, é mais simples do que muitas pessoas imaginam. “O primeiro passo é entender os sintomas e, depois, procurar ajuda médica. Para os homens isso é mais complicado, pois além de não terem a cultura de procurar um médico periodicamente, eles têm de derrubar o tabu em reconhecer as fraquezas quando o assunto é performance sexual e buscar auxílio”, diz. O importante é estar com a cabeça em dia, uma vez que as drogas, sejam elas usadas diariamente, ou um pouco antes da relação sexual, os especialistas explicam que a ereção é produzida por meio de uma complexa cadeia de eventos. O processo é iniciado com estímulo sexual de memória, fantasia, visão, olfato, som ou toque. Isto faz com que sinais nervosos sejam enviados do cérebro e da coluna vertebral para o pênis, que, por sua vez, provocam a liberação de substâncias químicas que fazem os vasos sangüíneos do pênis relaxar e alargar. Isto permite que o pênis se encha de sangue, deixando-
o ereto. Os medicamentos atualmente disponíveis para tratar a dificuldade de ereção atuam
melhorando os vários estágios diferentes desta cadeia de eventos, conforme demonstram os
estudos encomendados por outro laboratório fabricante de fármacos com a finalidade de
combater as disfunções. O estudo que ouviu mais de 8 mil homens em diversos países da
América e Europa, sendo mil homens no Brasil, identificou que 54% dos homens hoje estão
mais preocupados com a qualidade de vida no relacionamento e acham muito importante
proporcionar prazer à parceira.
“Estes dados demonstram que o homem está mais afetivo. Ele sente prazer em perceber que
está proporcionando prazer à parceira. Isso é o que completa a relação sexual. É
extremamente importante essa ligação”, diz o sexólogo e terapeuta sexual Eduardo Yabusaki.
O estudo também comprovou que a mulher sente os benefícios do tratamento da DE, quase na
mesma proporção dos homens. Portanto, os resultados demonstram que é proporcional o
benefício que o tratamento, seja de qual disfunção sexual for, traz ao casal.
Disfunção erétil é comum
A disfunção erétil (DE) é também conhecida como impotência sexual. A dificuldade de ereção é
caracterizada pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade
sexual. O problema pode se manifestar em homens de qualquer idade, podendo ser uma
condição permanente ou em ocasiões específicas, como em casos de estresse. As causas
podem ser orgânicas, psicogênicas (psíquicas) ou mistas. Quando de causa orgânica,
freqüentemente está associada a doenças como diabetes ou de origem vascular. Já o distúrbio
androgênico do envelhecimento masculino – ou hipogonadismo (DAEM) é caracterizado pela
redução de testosterona no sangue, relacionada à idade e traz impactos diretos na saúde
sexual masculina. De acordo com os dados da Sociedade Brasileira de Urologia, entre 10% e
20% dos homens com mais de 50 anos apresentam queda na produção de testosterona.
“A partir dos 40 anos já é possível verificar casos de redução do hormônio. As conseqüências
disso são sintomas de queda do desejo sexual, distúrbios do sono, variação de humor,
disfunção erétil, culminando no diagnóstico do hipogonadismo”, diz o urologista Charles
Rosenblatt. Com o aumento de oferta nas dosagens e também no número de medicações, é de
se esperar que em pouco tempo os distúrbios sexuais sejam reduzidos até o seu total
desaparecimento, uma vez que na expectativa dos profissionais da área, a maior
disponibilidade de tratamentos deve levar muito mais pessoas a procurar ajuda e encontrar
uma solução.
 

Source: http://vasectomia-e-reversao.com.br/artigos/Erecao_sem_hora_marcada_nova_meta_farmacos.pdf

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