ARTIGOS DE OPINIÃO OPINION ARTICLES Prevenção da Infecção Nosocomial da Infecção Nosocomial - ponto de vista do especialista. Prevention of Nosocomial Infection
Sousa Dias, C* Serviço de Medicina Intensiva, Hospital São João
ABSTRACT
A infecção nosocomial ou infecção associada a
Nosocomial infection or healthcare-associated
cuidados de saúde (IACS) é um problema de
infection (HCAI) is a worldwide issue and the
âmbito universal e um dos riscos major que os
greatest risk that patients face upon hospitalization.
HCAI is associated with increasing morbidity,
As IACS acarretam um acréscimo na morbilidade,
mortality and costs, and rates of HCAIs are view as
mortalidade e custos, sendo um indicador de
The impact of HCAI is particularly high for intensive
O impacto da IACS é particularmente relevante na
care, contributing to this problem the development
unidade de cuidados intensivos face à crescente
of progressively more-complex medical procedures
tecnologia médica invasiva, população de doentes
imunodeprimidos e resistência aos antimicrobianos.
increasing immunocompromised patient population
A prevenção das IACS tornou-se um novo
and increasing rates of antimicrobial resistance.
imperativo no âmbito da melhoria da qualidade e
Prevention of HCAI becomes a new healthcare
segurança dos cuidados prestados aos doente da
imperative on improvement and safety of intensive
Palavras-chave: infecção associada a cuidados de
saúde, infecção nosocomial, cuidados intensivos
associated infection (HCAI), intensive care.
INTRODUÇÃO
A infecção nosocomial ou infecção associada
a cuidados de saúde (IACS) é um problema de
âmbito universal e um dos riscos major que os
doentes correm ao serem hospitalizados. As
IACS aumentam a morbilidade, mortalidade,
duração da hospitalização e custos. Estima-se
que a nível mundial, diariamente, cerca de 1,4
milhões de doentes adquiram infecções nos
doentes hospitalizados desenvolvem infecção
O risco de complicações sérias devidas a
IACS é particular elevado para os doentes que
contribuindo para este problema o aumento da
resistência antimicrobiana, a tecnologia
procedimentos cada vez mais complexos, que
Correspondência:
põem os doentes em risco para infecções
associadas a procedimentos e dispositivos,
assim como a crescente população de doentes
Conceição Sousa Dias Hospital São João
No âmbito da crescente preocupação na
cuidados de saúde, a prevenção das IACS tornou-se um novo imperativo.4
conhecimento sobre a epidemiologia e práticas
de prevenção das IACS tem evoluído nas
Clean Care is Safer Care. A par do
últimas décadas, constituindo no entanto, um
lançamento do desafio Clean Care is Safer Care, a OMS divulgou o documento WHO
No âmbito dos cuidados de saúde há uma
Guidelines on Hand Hygiene in Health Care. O
evidência crescente de que o conhecimento
desafio Clean Care is Safer Care tem como
objectivo prevenir as infecções associadas aos
comportamento dos profissionais, deve ser
activamente implementado5. Desde longa data
mensagem de base a frase “medidas simples
os programas de controlo da infecção têm tido
salvam vidas”. Entre outras acções, preconiza
um enfoque na monitorização e prevenção,
a higiene das mãos como uma das medidas
com maior impacto na redução das IACS, na
prioridade nacional nas iniciativas levadas a
diminuição da resistência aos antimicrobianos
cabo pelas instituições e organizações de
e na redução dos custos inerentes a estas
saúde profissionais. Nos últimos anos para
problemáticas, tendo Portugal aderido a esta
campanha, que tem vindo a ser implementada
recomendações para detectar e prevenir as
IACS têm sido publicadas recomendações
práticas para implementação e importante, o encorajamento contínuo e estabelecimento de prioridades nos esforços
monitorização do reforço das políticas de
A prevenção da infecção adquirida na UCI
O uso de solução alcoólica de fricção para
higienização das mãos é superior à lavagem
profissionais, incluindo os microrganismos
multi-resistentes. O seu uso torna a prática de
higienização das mãos mais rápida e de fácil
microrganismos: Precauções de isolamento
IV. Minimizar a multi-resistência - uso
II. MINIMIZAR A DISSEMINAÇÃO DE
V. Vigilância e Implementação de programas
MICRORGANISMOS
Em todos os contextos de cuidados de saúde
é recomendado o uso de equipamento de protecção individual e cuidados específicos
I. HIGIENE DAS MÃOS
com o ambiente para prevenir a transmissão
A higiene das mãos é vital na prestação de
As recomendações sobre precauções de
elevada relação custo-benefício. Num estudo
isolamento desenvolvidas pelo CDC / HICPAC
que avaliou o custo-eficácia de um programa
(Centers for Disease Control and Prevention /
educacional de higiene das mãos, verificou-se
Healthcare Infection Control Practices Advisory
que o custo total da campanha foi inferior a 1%
Committee)11 a serem usadas nos cuidados
de uma infecção nosocomial7. O conhecimento
aos doentes, são apresentadas em categorias
do impacto da higienização das mãos nos
de precauções, definindo dois níveis: as
cuidados de saúde data de 1847 quando Ignaz
precauções padrão a serem usadas em todos
os doentes e as precauções específicas -
era maior nas parturientes assistidas por
contacto, gotícula e via aérea, que são
médicos e estudantes do que pelas parteiras.
desenhadas para minimizar a transmissão de
A higienização adequada das mãos tem no
profissionais, que geralmente melhora após a
epidemiológicos específicos e que serão de
realização de campanhas educacionais com
usar adicionalmente às precauções padrão.
Além das recomendações de como usar o
A importância da higiene das mãos mereceu a
equipamento de protecção individual são
sua inclusão nas iniciativas da Organização
dadas e recomendações para a sua aplicação
Mundial da Saúde sobre segurança do doente
que têm vindo a ser desenvolvidas desde
No âmbito da crescente multi-resistência do
2004, designadamente a criação da World Alliance for Patient Safety, que lança
com prevalência crescente de microrganismos
contínua da segurança do doente, com a
designação Global Patient Safety Challenge,
bactérias como o Clostridium difficile,
como foi, por exemplo o caso do primeiro
Global PatientSafety Challenge designado
necessidade de recomendações específicas,
factores de risco ou admitidos na UCI17,18.
Estão publicadas várias intervenções para prevenir a colonização, como o banho com
Medidas de Isolamento
clorhexidina que mostrou diminuir a taxa de
O uso adequado do equipamento de protecção
diminui o risco dos profissionais adquirirem
controverso os resultados desta estratégia
para o SAMR21. Os estudos com resultados
portadores de MoMR e o equipamento usado
nestes doentes deve ser individualizado.
O uso de luvas e batas é um procedimento
doxiciclina), que poderá ser pouco exequível,
sendo ainda especulativo definir a melhor
colonizados ou infectados por microrganismos
multiresistentes. Será ainda de evitar a
O Clostridium difficile (CD) é nalgumas
disseminação de aerossóis por MoMR que
instituições uma fonte importante de infecções
resistem no meio ambiente, por muito tempo,
adquiridas no hospital e está associada com
podendo ser minimizado esse aspecto, usando
aumento da morbilidade, hospitalização,
sistema de aspiração fechado durante a
mortalidade. A emergência de estirpes mais
As análises de custo-benefício do uso de bata
virulentas de CD aumentou a necessidade de
alargar a investigação e medidas de controlo.
custos mas uma diminuição a longo-termo da
Os factores de risco de aquisição de infecção
colonização por MoMR com diminuição global
por CD são: a pressão de colonização, idade
avançada, hospitalização recente, neoplasias
Os doentes admitidos na UCI colonizados por
hematológicas, medicação que diminui a
MoMR são um reservatório constante para a
Com o aumento da multi-resistência e para
espectro ou quinolonas23. Os esporos do CD
limitar o potencial de disseminação dos MoMr
permanecem no ambiente por longos períodos
têm vindo a ser definidas estratégias para
de tempo, sendo essencial para diminuir a
detecção e conteção precoces, como o
carga de esporos uma adequada higiene das
isolamento pré-emptivo dos doentes de risco,
culturas de vigilância activa e estratégias de
sintomáticos é necessária para estabelecer
medidas de isolamento adequadas e poderá
estratégias que tiveram como alvo principal o
ser necessária uma vigilância global dos
Staphylococcus aureus meticilina-resistente
endémico. Têm sido divulgadas estratégias
resistentes (EVR), são muito heterogéneos e
para identificar e prevenir a infecção por CD
diferem nos contextos em que foi efectuada
nas quais se incluem as medidas gerais de
essa avaliação (prevalência de base desses
controlo de infecção e política de antibioterapia
microrganismos, escolha da população e as
medidas instituídas) não permitindo conclusões definitivas.
Ambiente hospitalar O ambiente hospitalar desempenha um papel Vigilância, descolonização ou prevençâo da
importante de reservatório de microrganismos
colonização de MOMR
podendo aumentar a exposição dos doentes a
diversos patogéneos. Têm sido estudadas
hospital ou na UCI constitui uma indicação
para as culturas de vigilância. As culturas de
vigilância para detectar SAMR e EVR foram
podem sobreviver no ambiente hospitalar por
muito tempo, mas parecem ser vulneráveis
sucesso significativo na diminuição da taxa de
padronizados no âmbito global das medidas
microrganismos14,15 tendo sido advogado o seu
uso nas áreas de maior risco ou nos doentes
com factores de risco específicos. As análises
recomendadas para prevenir a transmissão
de custo-benefício da vigilância de SAMR e
dos agentes infecciosos epidemiologicamente
EVR parecem favorecer a vigilância como
mais importantes incluindo os MoMR, engloba:
acção educativa aos profissionais, uso
intervenção, se todos ou só um subgrupo de
individual, precauções de contacto e padrão,
descontaminação do meio, uso judicioso dos
antimicrobianos, culturas de vigilância activa,
Nessas recomendações é divulgado o correcto
análise e retorno da informação dos resultados
procedimento na colocação e manipulação dos
dispositivos invasivos encorajando a adesão
A salientar a importância de monitorizar a
às boas práticas, baseada na evidência
adesão, dar informação desses dados aos
clínica. A tradução dessas recomendações na
profissionais e incorporar o controlo de
prática dos cuidados de saúde exige, uma
organismos multi-resistentes nas prioridades
intervenção específica com medidas simples e
institucionais, sendo necessário incluir os
bem delineadas associadas a uma estratégia
responsáveis da instituição nestas estratégias.
As recomendações têm vindo a focalizar a
desta monitorização e intervenção, devem ser
intervenção nas medidas preventivas de maior
evidência e mais exequíveis, que implementadas em conjunto terão maior
III. PREVENIR A INFECÇÃO ASSOCIADA A PROCDIMENTOS Têm sido publicadas várias recomendações sobre os procedimentos invasivos e estratégias de implementação dessas práticas, com o objectivo de reduzir a incidência de infecção associada a procedimentos ou uso de dispositivos invasivos6,24. Recomendações com maior impacto na prevenção da infecção associada aos procedimentos mais frequentes na UCI6,24 Prevenção da Bacteremia Associada ao uso de Cateter Venoso Central (CVC).
Manter técnica asséptica durante a colocação do CVC
Uso de solução de clorhexidina na preparação cutânea
Uso de barreiras de protecção máxima e campos grandes
Evitar a colocação de cateter na veia femoral
Remover o uso de cateteres não necessários
Educar e treinar adequadamente os profissionais
Prevenção da Pneumonia Associada à Ventilação
Não substituir os circuitos do ventilador por rotina (só se especificamente indicado)
Higienização das mãos com solução alcoólica
Protocolos de sedação e desmame (minimizar a necessidade de ventilação invasiva)
Usar soluto de clorhexidina na higiene oral
Educar e treinar adequadamente os profissionais
Prevenção da Infecção Urinária
Manter técnica assépica durante a algaliação
Usar sistema de drenagem de urina fechado e estéril
Higienização adequada do meato urinário antes da algaliação
Manipulação adequada da algália e sistema de drenagem
Educar e treinar adequadamente os profissionais
Tem vindo a ser desenvolvido dispositivos
É comum a todas as recomendações para
cateteres impregnados de antimicrobianos e
prevenção da infecção associada à utilização
tubos traqueais com aspiração subglótica.
como eficazes, as recomendações6 para o seu
diariamente a sua indicação, procurando
uso são a incapacidade de reduzir a taxa de
infecção após implementação das outras
• Respeitar as medidas globais de controlo
de infecção, (higienização adequada das mãos
A implementação de uma política de “Antibiotic
no tratamento dos doentes com dispositivos
recomendada e o controlo da prescrição
• Manipular adequadamente esses antibiótica é provavelmente uma medida eficaz dispositivos
educativos com informação sobre a base
racional destas medidas e treino adequado da sua utilização
V. VIGILÂNCIA E IMPLEMENTAÇÃO DE MEDIDAS
• Monitorizar a incidência da infecção
DE PREVENÇÃO DA IACS
associada a estes procedimentos ajustada ao
seu uso, reconhecer os problemas e identificar
Vigilância
São pontos fundamentais da vigilância da
• Estabelecer estratégias de implementação
infecção adquirida na UCI, a monitorização da
taxa de infecção associada aos procedimentos
medidas simples e focalizada nos problemas
e ajustada aos dias de uso dos procedimentos
invasivos, a multi-resistência e o consumo de
Estabelecer um plano de auditoria antes e
Essa vigilância exige um sistema de recolha e
após a intervenção que permita monitorizar os
tratamento de dados que permita conhecer a
evolução da situação na instituição e a
Informar os profissionais desses resultados
comparação com outras instituições, mas
também indicar precocemente os problemas,
para permitir estabelecer uma estratégia atempada.
IV. MINIMIZAR A MULTI-RESISTÊNCIA – USO
Um desafio importante é a escolha dos dados
RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS A prescrição antibiótica tem consequências
intervenções específicas, podendo contribuir para uma maior eficácia desse processo, o
resistência antimicrobiana promovendo a sua disseminação. A causa da resistência
uso de sistemas de alerta automatizados 29.
antibiótica é multi-factorial mas um dos pontos mais críticos e possivelmente amenizáveis é o
Implementaçâo das Medidas de Prevenção
mau uso de antibióticos. Dada a associação
da Infecçâo A implementação da mudança focalizada na
entre o uso de antimicrobianos e a selecção
melhoria dos cuidados ao doente, é difícil e
requer colaboração multidisciplinar. Embora
actualmente se saiba que uma estratégia
como um indicador de impacto evitável na
multifacetada possa ser eficaz, ainda é difícil
escolher as estratégias ou optimizar os
A combinação de estratégias de antibioterapia
componentes de programas tão complexos.
O adequado tratamento dos doentes da UCI
infecção adequados, têm mostrado limitar a
exige a interacção de muitos profissionais, que
emergência e transmissão de microrganismos
têm que ser em número e formação adequada
resistentes e tem como objectivo secundário
aos cuidados que estes doentes exigem. Nos
reduzir o impacto adverso na qualidade de
cuidados intensivos é vital para um tratamento
cuidados e nos custos.26 Na era da multi-
adequado e eficaz dos doentes a existência de
resistência e na UCI onde há habitualmente
defina estes objectivos e crie mecanismos
microrganismos multi-resistentes e onde os
para os tornar eficientes. Uma maior relação
doentes têm risco acrescido de infecção, as
doente-enfermeiro, diferentes níveis de treino
estratégias de optimização da antibioterapia
volante não apenas dedicado aos cuidados
Além da limitação da duração de antibioterapia, é necessário investir na
intensivos, tem sido associado a maior risco de infecção nosocomial30
avaliação diagnóstica e da gravidade, e
O investimento na formação dos profissionais
quando indicado o seu uso, optimização da
e a reformulação das nossas práticas clínicas,
prescrição com o objectivo de melhorar os
terá seguramente impacto na melhoria dos
resultados e diminuir a resistência. Têm sido
cuidados prestados ao doente que se deve
publicadas estratégias multidisciplinares
reflectir também na redução das IACS31,32.
influenciadas por uma ampla variedade de
sucesso o uso de antibióticos de espectro
factores globais -culturais, organizacionais,
alargado, os custos, e possivelmente melhoria
individuais pelo que parece ser importante
usar diferentes estratégias quando se aborda
A prevenção das IACS é possível e pode ser
atingida com intervenções na melhoria da
qualidade, como as “bundles” de cuidado que
incluam medidas simples, exequíveis e com a
recomendações de boas práticas também
Intervenções para melhorar a comunicação entre todo os profissionais da UCI consistindo
Bibliografia
em visitas diárias, multidisciplinares, em que
1. Lynch P, Pittet D, Borg MA, Mehtar S. Infection
seja incluída a discussão dos aspectos
control in countries with limited resources. J Hosp
relevantes da prevenção da infecção pode
diminuir significativamente a ocorrência das
2. Weistein RA. Nosocomial Infection Update. Emerg Infec Dis 1998; 4:416-20
infecções mais frequentes como a pneumonia
3. Klevens RM, Edwards JR, Richards CL Jr, et al.
Estimating health-care associated infections and
Têm sido publicadas múltiplas estratégias de
deaths in US hospitals, 2002. Public Health Rep
recomendações para prevenção da infecção,
4. Yokoe D, Classen D. Improving Safety Through
incluindo o uso de “Care bundles”36, e utilizar
Infection Control: a New Healthcare Imperative.
uma estratégia mulifacetada que inclui:
Infect Control Hosp Epidemiol 2008; 29:S3-11
5. Sinuff T, et al. Facilitating clinician adherence to
guidelines in the intensive care unit: A multicenter,
Estabelecer um programa de formação a
qualitative study. Crit Care Med 35: 2083-89
6. Yokoe D, Mermel LA, Anderson D J,et al. A
• Observação e informação de retorno dos
Compendium of Strategies to Prevent Healthcare-
Associated Infections in Acute Care Hospitals. Infect
• Divulgar a campanha e usar lembretes
Control Hosp Epidemiol 2008 Oct; 29: Suppl 1:S12-
7. Pittet D, Sax H, Hugonnet S et al. Cost
implications of successful hand hygiene promotion.
Infect Control Hosp Epidemiol 2004; 25 (3): 264-
permita a sua realização - obtenção do apoio
expresso dos profissionais com cargos de
al. Effectiveness of a hospital-wide programme to
• Assegurar condições estruturais que
improve compliance with hand hygiene. Infection
Control Programme. Lancet 2000; 356:1307-1312
As estratégias de intervenção deverão ser
9. Aragon D, Sole M L, Brown S. Outcomes of an
delineadas com objectivos definidos e medidas
infection prevention project focusing on hand hygiene and isolation practices. AACN Clin
identificados34,35, exigindo uma monitorização
10. Girou E, Loyeau S, Legrand P, et al. Efficacy of
dos resultados e do processo, de forma a
handrubbing with alcohol based solution versus
avaliar a sua eficácia e necessidade de
standard handwashing with antiseptic soap:
randomized clinical trial. BMJ 2002; 325: 362-366
11. Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L, and the Healthcare Infection Control Practices
CONCLUSÃO
Advisory Committee, 2007 Guideline for Isolation
A infecção associada a cuidados de saúde é
Precautions: Preventing Transmission of Infectious
hoje em dia vista como indicador da qualidade
dos cuidados prestados. O seu impacto é
12. Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, Chiarello L
and HICPAC. Management of Multidrug-Resistant
pressão de selecção de MoMR e os doentes
têm maior risco de infecção. A prevenção das
IACS tornou-se um novo imperativo no âmbito
da melhoria da qualidade e segurança dos
13. Montecalvo M.A, Jarvis W.R, Uman J, et al:
Costs and savings associated with infection control
A redução da IACS exige uma intervenção de
measures that reduced transmission of vancomycin-resistant Enterococci in an endemic setting. Infect
Control Hosp Epidemiol 2001; 22 (7): 437-442
multidisciplinar: programas de higienização
14. Perencevich E.N, Fisman D.N, Lipsitch M, et
das mãos, treino adequado dos profissionais-
al. Projected benefits of active surveillance for
nas boas práticas de controlo da infecção e
vancomycin-resistant Enterococci in intensive care
nos procedimentos invasivos- e minimizar a
units. Clin Infect Dis 2004; 38 (8):1108-1115
multi-resistência e a sua propagação o que
15. Byers K.E, Anglim A.M, Anneski C.J, et al. A
inclui, a vigilância de MoMR e estratégias de
hospital epidemic of vancomycin-resistant
uso judicioso de antimicrobianos. Os sistemas
Enterococcus: risk factors and control. Infect
de vigilância e estratégias de implementação
Control Hosp Epidemiol 2001; 22(3): 140-147
16. Karchmer T.B, Durbin L.J, Simonton B.M, et al.
teamwork and culture change. Qual Saf Health
Cost-effectiveness of active surveillance cultures
and contact/droplet precautions for control of
31. Misset B, Timsit J.F, Dumay M.F, et al. A
methicillin-resistant Staphylococcus aureus. J Hosp
continuous quality-improvement program reduces
nosocomial infection rates in the ICU. Intensive
17. Harbarth S, Sax H, Frankhauser-Rodriguez
C, et al. Evaluating the probability of previously
32. Safdar N, Abad C. Educational interventions for
unknown carriage of MRSA at hospital admission.
prevention of healthcare-associated infection: A
systematic review. Crit Care Med 2008; 36:933–940
18. Hidron A.I, Kourbatova E.V, Halvosa J.S, et al:
33. Lobo R.D., Levin A.S, Gomes L.M, et al.
Risk factors for colonization with methicillin-resistant
Impact of an educational program and policy
Staphylococcus aureus (MRSA) in patients admitted
changes on decreasing catheter-associated
to an urban hospital: emergence of community-
bloodstream infections in a medical intensive care
associated MRSA nasal carriage. Clin Infect
unit in Brazil. Am J Infect Control 2005; 33. (2): 83-
19. Vernon M.O, Hayden M.K, Trick W.E, et al.
34. Pronovost P., Needham D., Berenholtz S., et al:
Chlorhexidine gluconate to cleanse patients in a
An intervention to decrease catheter-related
medical intensive care unit: the effectiveness of
bloodstream infections in the ICU. N Engl J Med
source control to reduce the bioburden of
vancomycin-resistant Enterococci. Arch Intern
35. Rello J, Lode J, Cornaglia G., Masterton R. The
VAP Care Bundle. A European care bundle for
20. Bleasdale S.C, Trick W.E, Gonzalez I.M et
prevention of ventilator-associated pneumonia.
al. Effectiveness of chlorhexidine bathing to reduce
catheter-associated bloodstream infections in
36. Marwick C and Davey P. Care bundles: the holy
medical intensive care unit patients. Arch Intern
grail of infectious risk management in hospital? Curr
21. Simor A.E, Phillips E, McGeer A, et al.
Randomized controlled trial of chlorhexidine gluconate for washing, intranasal mupirocin, and rifampin and doxycycline versus no treatment for the eradication of methicillin-resistant Staphylococus aureus colonization. Clin Infect Dis 2007; 44. (2): 178-185 22- E.Tacconelli. Screening and isolation for infection control. J Hosp Infect. 2009; 73 (4):371-378 23. Lawrence S.J, Puzniak L.A, Shadel B.N, et al. Clostridium difficile in the intensive care unit: epidemiology, costs, and colonization pressure. Infect Control Hosp Epidemiol 2007; 28. (2): 123-130 24. Pratt R.J, Pellowe C.M, Wilson J.A et al. epic2: National Evidence-Based Guidelines for Preventing Healthcare-Associated Infections in NHS Hospitals in England. Journal of Hospital Infection 2007; 65S, S1–S64 25. Archibald L, Phillips L, Monnet D et al. Antimicrobial resistance in isolates from inpatients and outpatients in the United States: increasing importance of the intensive care unit. Clin Infect Dis 1997;24 (2): 211-215 26. Dellit T.H, Owens R.C, McGowan J.E, et al. Infectious Diseases Society of America and the Society for Healthcare Epidemiology of America guidelines for developing an institutional program to enhance antimicrobial stewardship. Clin Infect Dis 2007; 15 (44): 159-177. 27. Robert C. Owens, J, Pharm D. Antimicrobial Stewardship: Application in the Intensive Care Unit. Infect Dis Clin N Am 2009; 23:683–702 28. Gould I.M. Controversies in infection: infection control or antibiotic stewardship to control healthcare-acquired infection? Journal of Hospital Infection 2009; 73, 386-91 29. O’Neill E and Humphreys H. Use of surveillance data for prevention of healthcare-associated infection: risk adjustment and reporting dilemmas. Current Opinion in Infectious Diseases 2009; 22:359–363 30. Jain M, Miller L, Belt D, et al. Decline in ICU adverse events, nosocomial infections and cost through a quality improvement initiative focusing on
The argument against "Streamlined" Reliability-centred Maintenance (RCM) Phil Clarke, Director, The Asset Partnership Reliability-centred Maintenance (RCM) is a technique for determining the preventive maintenance and inspection requirements of physical assets. It was originally developed by the commercial aviation industry in the 1970's in light of new understanding of the nat