EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO SOBRE O METABOLISMO DE RATOS ADMINISTRADOS COM DEXAMETASONA. PAULI, José Rodrigo; LEME, José Alexandre Curiacos de Almeida; CREPILHO, Daniel Manuel; MELLO, Maria Alice Rostom de; LUCIANO, Eliete
Instituto de Biociências – Departamento de Educação Física –
Universidade Estadual Paulista - UNESP – Campus de Rio Claro-SP.
O objetivo do presente estudo foi investigar epididimal nos ratos sedentários que os efeitos do treinamento físico sobre o receberam a dexametasona. Por outro metabolismo de ratos submetidos à lado, os ratos treinados não apresentaram administração crônica de baixas doses de dexametasona. Foram utilizados ratos Wistar, distribuídos em 4 grupos: Controle epididimal ao final do estudo. Concluí-se, Sedentário (CS), Controle Treinado (CT), que mesmo em baixas concentrações de dexametasona podem ocorrer alterações no metabolismo, que em longo prazo, treinamento consistiu de natação durante podem ser acentuadas. Porém, organismos 10 semanas, 5x/semana, 1hora/dia, com treinados podem amenizar os efeitos sobrecarga de 5% em relação ao seu peso adversos do uso crônico desta droga. Palavras-chave: dexametasona diluída em 150µl de NaCl - glicocorticóides, resistência à insulina, 0,9%, via subcutânea, 5x/semana, 1x/dia. Na 9 semana de experimento, foram realizados os testes de tolerância à glicose INTRODUÇÃO (GTT) e o teste de tolerância à insulina (ITT) nos animais. Previamente ao
com freqüência na população, sendo uma
sacrifício, foram feitos registros referentes
das drogas mais utilizadas em todo mundo,
ao peso e comprimento corporal, ingestão alimentar e hídrica dos animais. Ao final sacrificados e retirados o músculo gastrocnêmio para a análise da razão proteína/DNA, e o tecido adiposo epididimal para pesagem. Os resultados do
quando utilizam doses de reposição para
presente estudo demonstraram que em baixas doses os efeitos drásticos da
Na maioria dos casos, eles são usados em
dexametasona são atenuados. No entanto, os ratos sedentários administrados com
antiflamatórios, sendo necessárias doses
este análogo do cortisol tiveram uma menor taxa de desaparecimento de glicose durante o teste de tolerância à insulina, o
como, por exemplo, resistência à insulina,
que demonstra resistência ao hormônio. Evidencia-se, ainda, que ocorreu um
estudo, para indução da resistência à
insulina, foi utilizada dose ainda menor ao
longo prazo provoca as chamadas doenças
catabólicos e possíveis interferências que a
diabetes mellitus tipo 2, obesidade visceral,
aterosclerose, osteoporose e Síndrome de
exercer sobre o fluxo sanguíneo periférico
resistência à insulina, possibilitando
realizam-se terapias locais, intervalos entre
observar os efeitos reais do exercício físico
as administrações, suplementação com
crônico de natação sobre alguns aspectos
lado, estudos com modelos de treinamento
OBJETIVOS
literatura, verifica-se a necessidade de
redução dos possíveis efeitos catabólicos
realização de trabalhos que esclareçam os
glicocorticóides, são raros na literatura.
treinamento físico sobre a resistência
experimentais descritos sobre indução da
resistência à insulina por glicocorticóides
glicocorticóides. Portanto os objetivos do
tem sido baseado na utilização de altas
doses de glicocorticóides, sem levar em
adversos e o aumento da pressão arterial
resistência à insulina pela alteração
treinamento físico sobre as alterações
periférica de fluxo sanguíneo (SEVERINO
metabólicas induzidas pela administração
modelo de resistência à insulina que não
MATERIAL E MÉTODO
promovesse os possíveis efeitos colaterais
Animais e seu tratamento
trabalho, utilizamos ratos machos jovens
glicocorticóides, e que ainda, antecedesse a
Wistar (Rattus Norvegicus albinus Wistar)
elevação da pressão arterial, um grupo de
com aproximadamente 65 dias. Os animais,
(SEVERINO et al., 2002). Nesse modelo, a
Biotério do Laboratório de Biodinâmica do
resistência à insulina antecede a elevação
da pressão arterial e os possíveis efeitos
Instituto de Biociências – UNESP – Rio
ração balanceada padrão (Purina) e água
“ad libitum”, e distribuídos em gaiolas
temperatura ambiente controlada de 25º C
profundidade de 40cm, para evitar que os
Delineamento e grupos experimentais -Controle Sedentário (CS): constituído de
ratos normais que não foram submetidos ao
protocolo de treinamento físico e/ou à
relação à temperatura corporal do rato
-Controle Treinado (CT): constituído de
eram realizadas sempre no final da tarde
Administração de Dexametasona
constituído de ratos que foram submetidos
somente à administração de dexametasona;
-Dexametasona Treinado (DxT): ratos que
subcutânea, 5 dias por semana, durante 10
semanas consecutivas. A droga foi injetada
treinamento físico e à administração de
Protocolo de treinamento
sobrecarga de 5% do peso corporal, que foi
Avaliações Avaliações prévias ao sacrifício dos
posterior análise, mensurações relativas ao
dessas mensurações realizadas previamente
sobrecarga adicional ao seu peso corporal,
ao sacrifício, na 9ª semana, os ratos, após
completar 1 hora por sessão. Após esse
relação à última sessão de exercício físico e
período, foram submetidos aos seguintes
semanalmente aferida e ajustada em 5% em
Teste de tolerância à glicose (GTT via
submetidos ao GTT via oral após jejum de
anestesiados com éter etílico e as primeiras
coletas de sangue realizadas após o corte
sacrifício ocorreu por decapitação em
correspondendo ao tempo zero do teste. Os
teciduais e de sangue (centrifugado à 3000
ratos receberam, em seguida, solução de
rpm) para avaliação de alguns parâmetros.
glicose (2g/Kg de peso corporal) via oral e
-Proteínas totais séricas: Foi determinada
-Hematócrito: Após o corte na extremidade
minutos. As amostras de sangue coletadas
da cauda do animal, foi coletado um capilar
foram utilizadas para a determinação da
glicose pelo método da glicose oxidase. As
centrifugado em microcentrífuga e feito a
áreas sob curvas de glicose durante o GTT
-Peso fresco do tecido adiposo epididimal:
O tecido adiposo foi pesado utilizando-se
determinado dividindo-se o valor obtido na
Teste de tolerância à insulina (ITT via
pesagem pelo peso total do animal no dia
gastrocnêmio: As proteínas totais foram
éter etílico e a primeira coleta de sangue foi
et al., (1951), sendo posteriormente lida em
realizada após o corte na extremidade da
aplicada insulina mista regular purificada
avaliou-se a razão proteína/DNA, uma vez
subcutânea e em seguida foram coletadas
ocorrência (ou não) de hipertrofia nos
intervalos 30, 60, 90 minutos. As amostras
coletadas foram utilizadas para a dosagem
dividindo-se o valor da proteína total do
de glicose (método da glicose oxidase). Foi
músculo pelo resultado referente ao DNA
calculada a taxa de remoção da glicose
(KITT) durante o teste. A glicose sérica (t
-Peso fresco do músculo gastrocnêmio inteiro: O músculo gastrocnêmio inteiro
quadrados das concentrações de glicose
dos ratos foi retirado e pesado em balança
Avaliações após o sacrifício dos animais Análise estatística
os animais foram mantidos em repouso por
36 horas em relação à última sessão de
aplicação do teste Student-Newman-Keuls,
exercício, sem jejum prévio. Os grupos
onde adequado, com nível de significância
durante as 10 semanas de estudo. Verifica-
se que ocorreu aumento de peso para todos
RESULTADOS
os grupos estudados. Os animais do grupo
experimento, principalmente a partir da 5º
análise dos mesmos, expressos como média
controle. No entanto, não houve diferença
em relação aos ratos treinados. Isto mostra
evolução de peso corporal dos animais dos
grupos controle sedentário (CS), controle
favoreceu no controle de peso corporal dos
Tabela - 1. Evolução do peso corporal (g) dos ratos durante o experimento. Valores
expressos como média e desvio padrão. (CS = Controle Sedentário; CT = Controle
Treinado; DxS = Dexametasona Sedentário; DxT = Dexametasona Treinado).
Grupo/Sem CS (N=10) 276 312 345 369 389 400 412 426 435 434
± 14 ± 12 ± 12 ± 13 ± 12 ± 14 ± 13 ± 16 ± 13 ± 14
± 27 ± 31 ± 39 ± 40 ± 37 ± 37 ± 39 ± 37 ± 31 ± 30
DxS (N=10) 304 339 353 361 375 391 396 425 422 434
± 26 ± 31 ± 33 ± 33 ± 37 ± 36 ± 38 ± 41 ± 38 ± 46
DxT (n=9) 290 318 333 335 345a 362 369a 377a,c 383a,c 390a,c
± 30 ± 30 ± 33 ± 36 ± 38 ± 33 ± 29 ± 32 ± 36 ± 33
Verifica-se que na 3ª, 7ª e 8ª semanas, os
apresentaram menor ingestão alimentar em
não houve diferença no tamanho dos ratos
no final do estudo. Portanto, não houve
tendência dos animais treinados ingerirem
maior quantidade de ração. No entanto,
ingestão de ração, quando existiram, foram
valores referentes à ingestão de alimento.
Figura - 2. Comprimento corporal dos ratos após 10 semanas de
experimento.Resultados expressos como média ± desvio padrão. (CS = controle
sedentário; CT = controle treinado; DxS = dexametasona sedentário; DxT =
Comprimento corporal ento (cm 24 Tabela - 3. Evolução da Ingestão alimentar (gramas/kg de peso corporal) dos ratos
durante o experimento. Valores expressos como média. (CS = Controle Sedentário;
CT = Controle Treinado; DxS = Dexametasona Sedentário; DxT = Dexametasona
Grupo/Sem 1a CS (n=10) 94 DxS (n=10) 86 DxT (n=9) 85
(GTT) e teste de tolerância à insulina (ITT)
(Tabela 5). Observa-se que a área total sob
ingestão de água dos grupos CS, CT, DxS e
DxT foi bastante semelhante durante as 10
tolerância à glicose (120 minutos), foi
maior nos grupos de animais sedentários
mensurações realizadas mostram que, em
durante o teste de tolerância à insulina
líquido, enquanto, em outras, os animais
(KITT – 60 minutos de teste) foi menor no
grupo dexametasona sedentário comparado
submetidos ao teste de tolerância à glicose
Tabela -4. Evolução da Ingestão hídrica (ml de água/kg de peso corporal) dos ratos
durante o experimento. Valores expressos como média. (CS = Controle Sedentário;
CT = Controle Treinado; DxS = Dexametasona Sedentário; DxT = Dexametasona
Grupo/Sem 1a CS (n=10) 150 175 207 196 195 193 224 199 187 201 CT (n=9) 162 172 195 180 155 160 197 194 180 196 DxS (n=10) 162 166 214 210 195 187 233 198 201 199 DxT (n=9) 144 172 220 213 178 194 180 180 190 194 Tabela - 5. Área total sob a curva de glicose durante o teste de tolerância à glicose
(GTT, mg/100ml após 120 minutos de teste) e taxa de desaparecimento da glicose
(% por minuto) durante o teste de tolerância à insulina (KITT, 60 minutos de teste)
dos ratos na 9º semana do experimento. Valores expressos como média ± desvio
animais sedentários e treinados. Observa-
parâmetros: peso relativo do tecido adiposo
inteiro. A razão proteína/DNA do músculo
hematócrito e proteínas totais séricas dos
significativa entre os grupos estudados.
diferenças significativas no peso fresco do
músculo gastrocnêmio inteiro também não
estatisticamente significativas entre os
parâmetros sangüíneos entre os animais do
hematócrito e proteínas totais séricas não
Tabela - 6. Parâmetros avaliados após o sacrifício dos animais. Resultados
expressos como média ± desvio padrão.
epididimal (mg/100g 0,61 ± 0,18 0,41 ± 0,08a
gastrocnêmio (mg/100g 0,47 ± 0,01 0,48 ± 0,02
51,16 ± 0,75 51,80 ± 2,48 51,16 ± 0,75
DISCUSSÃO
experimento. O uso crônico deste análogo
fraqueza muscular. Além do mais, verifica-
relacionados ao desenvolvimento corporal
que pudessem indicar efeitos adversos do
peso corporal após período de uso de altas
as análises metabólicas realizadas, o ganho
presente estudo, pode-se dizer que a dose
de dexametasona aplicada não promove os
drásticos efeitos catabólicos comumente
observados em outros estudos, e não afetou
crescimento corporal entre os grupos, tendo
treinado obtiveram ganho de peso corporal
últimas três semanas do experimento. No
alimentar. A menor ingestão de ração pelos
semelhante aos animais do grupo treinado.
Tal resultado demonstra que o treinamento
físico não afetou negativamente os animais
possível prejuízo na absorção de nutrientes
pelo trato gastrintestinal, em resposta a
treinamento sobre a redução da gordura
administração de esteróides. LEIGHTON
treinados apresentaram menor acúmulo de
tecido adiposo epididimal comparados aos
dexametasona (2.5 mg/Kg/dia, por 4 dias)
grupos sedentários. Este fato talvez possa
justificar as observações de FRANCISCHI,
os animais controles ganharam 8 gramas ao
afirmam que o treinamento aeróbio regular
tentativa de analogia e de interpretação
pode ser reforçada pelos resultados obtidos
(1982), que advertem quanto aos possíveis
efeitos da dexametasona sobre o intestino,
melhoria na capacidade de utilização de
ácidos graxos pelo músculo esquelético.
possível produção aumentada de ácido
glicocorticóides, podendo levar à formação
de úlcera péptica ou a perfuração de úlcera
evolução de peso corporal. Evidencia-se
observação é questionada pelos próprios
últimas semanas de treinamento no grupo
capacidade ulcerogênica dessas drogas e
decorrente da realização de exercício físico
quando são utilizadas em associação com
outros antiflamatórios não hormonais e
de acordo com investigações anteriores em
utilizado baixas doses de dexametasona em
treinados apresentaram uma maior ingestão
última hipótese não tenha acontecido.
Mesmo porque, além da atrofia no músculo
resposta à necessidade de maior ingestão
de calorias para suprir o déficit energético
observaram apreciável perda de proteínas
totais no músculo, fato não observado em
mostrando que os glicocorticóides induzem
nosso estudo pela mensuração da razão
supressão da expressão de vasopressina em
proteína/DNA muscular, e semelhanças no
peso do músculo gastrocnêmio. Além do
doses de glicocorticóides, não encontraram
glicocorticóides sintéticos (prednisona,
corporal em animais sedentários tratados
merece atenção nesse estudo é a ingestão
ingestão de água, uma vez que os animais
hídrica. Nesse sentido, tanto o treinamento
dexametasona sedentários tiveram ingestão
bastante semelhante aos animais controles.
dexametasona pode interferir na ingestão
alimentar, observa-se que a ingestão de
observaram alterações na ingestão hídrica
água também variou nas semanas entre os
experimento, confirmando as evidências de
parece não exercer efeito fisiológico sobre
voluntária de água explicaria uma menor
treinados após as sessões de treinamentos.
glicocorticóides induzem resistência à
insulina e inúmeras desordens metabólicas,
excesso, o que ocorre em endocrinopatias e
excreção aumentada de água livre pelos
prática crônica de exercícios físicos pode
rins. Em doses altas, os glicocorticóides se
resultar em benefícios a saúde, favorecendo
ligam a receptores mineralocorticóides,
mesmo após a administração de hormônios
diurese (efeito poliúrico) devido ao efeito
diferenças significativas no comportamento
direto que podem exercer sobre os túbulos
da glicose durante o teste de tolerância à
renais, ou então por inibição central da
os animais controles com os submetidos à
9 semanas de treinamento físico. A área
sob a curva de glicose circulante durante o
clínicos de aumento da freqüência urinária
comparada aos animais sedentários. Estes
do IRS-1 e da PI 3-quinase induzidas por
insulina nesta situação, porém é possível
que mecanismos distais à ativação da PI 3-
observaram maior tolerância à glicose em
para a resistência insulínica em resposta ao
mudanças foram mais discretas, não houve
9º semana de experimento, realizou-se o
alteração no grau de fosforilação do
teste de tolerância à insulina (KITT) com o
receptor de insulina e do IRS-1 após carga
de insulina. No entanto, a associação e
ativação IRS-1/PI 3-quinase foi reduzida
que a taxa de desaparecimento da glicose
fosforilação do IR, IRS-1 e a atividade da
entre os animais sedentários administrados
PI 3-quinase foram observados em animais
tolerância à insulina (ITT) foi reduzida, o
experimentais como: administração crônica
que demonstra aumento na resistência ao
de glicocorticóides, obesidade, diabetes,
discutidos anteriormente. Estes resultados
(2002), que observaram, após 30 minutos
da infusão intraperitonial de insulina (ação
sensitividade à insulina nos ratos tratados
glicocorticóides exercem seus efeitos ainda
não está completamente esclarecido. É
experimento. Similar resultado foi obtido
resultando na resistência à insulina ou,
sensitividade à insulina através do steady-
alternativamente através de mudanças na
state de glicose plasmática durante a
concentração plasmática de glicose e de
durante a administração de glicocorticóides
também induz alterações nas etapas iniciais
da ação insulínica tanto nos animais quanto
em culturas de células. Este análogo do
entrada de glicose na célula. O exercício
ação direta em adipócitos, mas mediado
pela hiperinsulinemia em tecido hepático
que a modulação do receptor de insulina,
aumento na expressão dos transportadores
sobrepeso e obesos submetidos a diferentes
ação da insulina, mensurada durante o teste
al., 2004). O efeito do exercício sobre o
de tolerância à glicose intravenosa, foi
transporte da glicose é mediado através de
independente do protocolo de treinamento,
muscular. Vários estudos têm observado
comparados aos indivíduos sedentários.
que os efeitos da insulina e da contração
menores concentrações de glicose no ITT
transportadores de glicose por diferentes
sanguínea. Além do mais, a menor taxa de
desaparecimento da glicose durante o teste
evidenciado entre os animais sedentários
aumento nos níveis de fatores semelhantes
dexametasona e a ação efetiva do exercício
físico regular em aumentar a captação de
exercícios podem atuar no transporte de
glicose pelos tecidos periféricos confirmam
(GOMES et al., 2001). HEO et al. (2001) e
aumentos significativos nos níveis de IGF-
glicose resultante da maior responsividade
dos tecidos a ação da insulina deve-se a
uma melhora na resposta dos eventos pós-
treinamento físico interferiu positivamente
fosforilação de proteínas que iniciam as
ações do hormônio. O sinal de transdução
mesmo em situações de maior ingestão de
insulina IRS-1 e IRS-2, como também, da
esquelético de ratos treinados (LUCIANO
fatos indicam a eficácia desta proposta de
et al. 2002), e em humanos não diabéticos
treinamento sobre o equilíbrio energético,
resistentes à insulina e diabéticos do tipo 2
favorecendo a manutenção da massa magra
e a perda de massa gorda. Além disso, as
semelhanças nos valores de tamanho entre
estudo contribuiu na melhora da resposta à
os ratos mostraram que o modelo utilizado
insulina durante o teste de tolerância ao
ingestão de água, apesar de ter ocorrido
discreta oscilação na ingestão durante o
AZEVEDO, J.R.M. Determinação de
experimento, as análises realizadas para
parâmetros bioquímicos em ratos
hematócrito e proteínas totais séricas não
sedentários e treinados após exercício
se mostraram estatisticamente diferentes
agudo de natação. 1994. 139f. Tese
Departamento de Fisiologia e Biofísica,
consideração a questão da resistência à
insulina, pode-se dizer que o protocolo de
treinamento de natação utilizado em nosso
Atividade física e manutenção da perda de
estudo foi benéfico e pode ser importante
Atividade Física e Obesidade. Tradução:
Dulce Marino. São Paulo: Manole, 2003. p.
CONCLUSÕES
resistência periférica à insulina, verificada
endócrino. In: Fisiologia. 4. ed. Rio de
por redução do desaparecimento da glicose
plasmática durante o teste de tolerância ao
hormônio (KITT). A mesma interferiu nas
factor-kB or activator protein-1: molecular
Endocrine Reviews, v.24, n.4, p.488-522,
captação de glicose plasmática em ratos
possivelmente contribuiu na prevenção da
activity. Journal of Physiology, v.543,
treinamento físico aeróbio regular foi
favorável ao organismo dos animais, não
interferindo no desenvolvimento corporal,
e pode ser utilizado de maneira benéfica
quando se faz o uso de glicocorticóides.
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